O escritor Guillaume Dustan faleceu com 40 anos. O seu verdadeiro nome era William Baranès, tinha abandonado a sua carreira de juiz administrativo depois de ter conhecimento que era seropositivo, em 1990. O seu primeiro livro Dans ma chambre (P.O.L. 1996) desencadeou uma polémica porque ele ousou tratar as relações não protegidas entre homossexuais. Laureado com o prémio Flore por Nicolas Pages (1999), publicado pela editora Ballande. Para esta editora criou uma colecção efémera de literatura gay e lésbica «Le Rayon gay». Autor de 6 obras, publicou Dernier Roman em 2004 na editora Flammarion.
Faleceu em 3 de Outubro de 2005.
in LIRE, n.º 340, Novembro, 2005, p. 33.
domingo, 4 de outubro de 2009
ISTVAN EORSI - LITERATURA HÚNGARA
Escritor, poeta, dramaturgo e tradutor, Istvan Eorsi faleceu com 74 anos.
Figura da oposição democrática húngara publicou especialmente Lettre à un poète inactuel (1984), La voix de son maître (1985) e Ah! le bon vieux temps (1990).
Faleceu a 13 de Outubro de 2005.
in LIRE, n.º 340, Novembro, 2005, p. 33.
Figura da oposição democrática húngara publicou especialmente Lettre à un poète inactuel (1984), La voix de son maître (1985) e Ah! le bon vieux temps (1990).
Faleceu a 13 de Outubro de 2005.
in LIRE, n.º 340, Novembro, 2005, p. 33.
JEAN LESCURE
Poeta e escritor faleceu com 93 anos. Grande figura do cinema de arte e ensaio, Jean Lescure foi também um elemento incontornável da cena literária. Amigo de Malraux e Bachelard, director sob a Ocupação da revista literária Messages que encarnava o espírito da Resistência. Participou na criação do Oulipo com Raymond Queneau em 1960. Foi recompensado com o grande prémio da Sociedade das gentes das letras em 1992 pelo conjunto da sua obra. Publicou Le voyage immobile (1939), La plaie ne se ferme pas (1949), Drailles (1968), Itinéraires de la nuit (1982), Gnomides (1999).
Faleceu em 17 de Outubro de 2005.
in LIRE, Novembro 2005, p.33
Faleceu em 17 de Outubro de 2005.
in LIRE, Novembro 2005, p.33
Marcadores:
Bachelard,
Jean Lescure,
Malraux,
Raymond Queneau,
Resistência
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
BORISLAV PEKIC - LITERATURA SERVO-CROATA
A obra servo-croata Covek koji je jeo smrt de Borislav Pekic foi traduzida para o francês por Mireille Robin, com o título L´Homme qui mangeait la mort.
O livro conta que Jean Louis-Popier, um obscuro escrevinhador, que, em 1792, ocupava a secretaria do tribunal revolucionário. A tarefa de Popier consistia em registar as sentenças e transmiti-las a um funcionário encarregado de organizar as listas das pessoas que deveriam ser executadas. Acontece que um dia Popier teve fome, e no momento de comer o seu pão ouviu passos. Alarmado, rapidamente, escondeu o pão no primeiro pedaço de papel que lhe veioa à mão. À noite, quando desembrulhava a sua merenda, reparou espantado que a embalagem não era nada menos que uma condenação à morte. Para não deixar vestígios da sua acção, Popier não teve outra solução senão engoli-la, reduzindo-a a pequenos pedaços. Desta forma comeu o seu primeiro morto. A partir desse dia decidiu salvar outras vidas, tornando-se Deus.
Borislav Pekic nasceu nas Balcãs e morreu em Londres, em 1992.
in Christine Ferniot, L´Avaleur, LIRE, Novembro de 2005, p. 124.
O livro conta que Jean Louis-Popier, um obscuro escrevinhador, que, em 1792, ocupava a secretaria do tribunal revolucionário. A tarefa de Popier consistia em registar as sentenças e transmiti-las a um funcionário encarregado de organizar as listas das pessoas que deveriam ser executadas. Acontece que um dia Popier teve fome, e no momento de comer o seu pão ouviu passos. Alarmado, rapidamente, escondeu o pão no primeiro pedaço de papel que lhe veioa à mão. À noite, quando desembrulhava a sua merenda, reparou espantado que a embalagem não era nada menos que uma condenação à morte. Para não deixar vestígios da sua acção, Popier não teve outra solução senão engoli-la, reduzindo-a a pequenos pedaços. Desta forma comeu o seu primeiro morto. A partir desse dia decidiu salvar outras vidas, tornando-se Deus.
Borislav Pekic nasceu nas Balcãs e morreu em Londres, em 1992.
in Christine Ferniot, L´Avaleur, LIRE, Novembro de 2005, p. 124.
Marcadores:
Borislav Pekic,
literatura servo-croata,
Mireille Robin
Assinar:
Postagens (Atom)