quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CARLOS GARCIA DE CASTRO (1934-2016) - POETA

O poeta alentejano Carlos Garcia de Castro (1934-2016) nasceu na cidade de Portalegre, onde também veio a falecer. Licenciado em Histórico-Filosóficas, dirigiu durante vários anos o Magistério Primário e a Escola Superior de Educação de Portalegre. Foi também ensaísta e publicista. Estreou-se em 1955 com a obra "Cío", seguindo-se, em 1963, 'Terceiro verso do tempo'.

Segundo o escritor Rui Cardoso Martins, familiar de Garcia de Castro, o poeta tinha "um grande domínio da linguagem" e a sua escrita era "muito ligada" a Portalegre e ao Alto Alentejo. Ainda segundo o mesmo testemunho, Carlos Garcia de Castro, era um poeta "na linha" de "outros grandes poetas" que nasceram ou viveram em Portalegre, tais como Cristóvão Falcão, José Duro e José Régio.

Já a partir dos anos Oitenta publicou 'Portus Alacer', em 1987, seguindo-se 'Os lagóias e os estrangeiros' (1992) e 'Rato do campo' (1998). Em 2008 foi editado na cidade brasileira de São Paulo, pela editora brasileira Ponte Velha, uma antologia de poemas seus, inserida na colecção 'Fora de portas'. O poeta editou ainda, entre outras obras, 'Loja, contra-loja e armazém' e, em 2008, apresentou na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, 'Gloria victis, Não-Poemas'.

Garcia de Castro colaborou com as revistas Colóquio/Letras, Sol XXI, Atlântida e Ibn Maruán, entre outras.

Em 2012 foi distinguido com a Medalha da Cidade de Portalegre, grau ouro. 

"Gajo porreiro

Não me convinha se morresse agora.

- Quem é que havia de levar o carro
para transportar para casa as nossas compras?

A dor chorada é sempre precisada,
nós não choramos só por nossa conta, 
mas é por nossa conta que choramos." 

Fontes: DiVersos, 8, Inverno de 2004; António Manuel Teixeira, "O Poeta Carlos Garcia de Castro morreu hoje aos 82 anos", Jornal Hardmúsica, 13/11/2016.

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