segunda-feira, 14 de outubro de 2019

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES ESCRITORAS

No dia 14 de Outubro, a Biblioteca Nacional espanhola comemora o Dia Internacional das Mulheres Escritoras. O tema adotado para este ano será "Mulheres, amor e liberdade".
Das atividades programadas consta a leitura de textos de 20 escritoras feita por personalidades não só do mundo da cultura e da ciência, mas também de gente da rua. Entre as escritoras que serão lidas figuram Santa Teresa de Jesus, Sóror Juana de la Cruz, Ana Gutierrez de Guzman, Ana Caro de Mallén, Alfonsina Storni e Esther Tusquets.
Haverá também uma atividade em torno da Wikipedia, em que se convocam voluntários para ampliarem os conteúdos em relação às mulheres escritoras, fornecendo aos voluntários as fontes de informação que a Biblioteca Nacional dispõe.
Fonte: Carmen Sigüenza, "La Biblioteca Nacional celebra el Día Internacional de las Mujeres Escritoras", Efeminista, 11/10/2019.

domingo, 13 de outubro de 2019

SALLY SOAMES (1937-2019) - FOTÓGRAFA


Sally Soames nasceu em Londres, em 1937. O primeiro trabalho desta fotógrafa foi no Observer, em 1963. Trabalhou como freelancer para as publicações, Guardian, The New York Times, Newsweek, e Observer e o Sunday Times, assim como para vários canais de televisão e companhias de cinema inglesas e norte-americanas. Foi examinadora e professora no The London College of Printing e The Royal College of Art.
O seu trabalho está presente em diversas coleções por todo o mundo. O National Portrait Gallery alberga na sua coleção 17 retratos de Sally Soames.

CIARAN CARSON (1948-2019) - POETA IRLÂNDÊS

Faleceu a 6 de outubro, vítima de doença, o poeta irlandês Ciaran Carson, nascido em Belfast, em 1948.
A sua obra poética inclui os livros: The Irish for No (1987); Belfast Confetti (1990); e First Language: Poems (1993), vencedora do Prémio T. S. Eliot. 
Prosa: The Star Factory (1997) e Fishing for Amber (1999); Shamrock Tea (2001). 
Tradução: O Inferno de Dante (2002).
Ciaran Carson foi ainda músico e escreveu sobre música, designadamente sobre música tradicional irlandesa, mantendo uma coluna bimensal no Journal of Music.
Fonte: Ciaran Carson, Wikipedia.

PETER HANDKE - PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2019

O Prémio Nobel da Literatura para 2019 foi atribuído pela Academia Sueca ao escritor austríaco Peter Handke, tendo em conta a influência do seu trabalho, que com uma ingenuidade linguística, tem explorado a periferia e a especificidade da experiência humana.
Peter Handke nasceu em 1942, na vila de Griffen, na região de Kärnten, situada no sul da Áustria. A mãe pertencia à minoria eslovena, enquanto o seu pai era um soldado alemão que ele só viria a conhecer depois de adulto. Estudou Direito na Universidade de Graz, cuja frequência veio a interromper com a publicação do seu romance de estreia 
Die Hornissen, em 1966. Uma "dupla ficção", na qual a personagem principal recolhe fragmentos de outro romance, destinados ao leitor desconhecido. Juntamente, publicou também a peça Publikumsbeschimpfung (Offending the Audience, 1969), que foi levada à cena no mesmo ano e na qual os atores insultam o público simplesmente por ter ido assistir, marcando a cena literária contemporânea. Também com impacto esteve também a sua declaração de que a literatura contemporânea alemã sofria da impotência de descrição.
Peter Handke encontrou muita da sua inspiração no movimento literário francês do "Nouveau Roman".
Fonte: The Nobel Prize.


OLGA TOKARCZUK - PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2018

A escritora polaca Olga Tokarczuk foi premiada com o Prémio Nobel da Literatura de 2018. A Academia Sueca distinguiu a imaginação narrativa da escritora, aliada a uma paixão enciclopédica, representando o cruzar de fronteiras como uma forma de vida.

Olga Tokarczuk nasceu em 1962, em Sulechów, na Polónia, no seio de uma família de professores. O pai era também bibliotecário escolar, o que lhe permitiu uma maior aproximação dos livros e da leitura. Após os seus estudos em psicologia, na Universidade de Varsóvia, Olga iniciou-se como escritora de ficção, em 1993, com Podróz ludzi Księgi (“The Journey of the Book-People”), que decorre em França e Espanha, no século XVII, e cujas personagens andam em busca de um livro misterioso nos Pirenéus. Do sua bibliografia destaca-se o seu terceiro romance Prawiek i inne czasy, 1996 (Primeval and Other Times, 2010). Trata-se de uma saga familiar, localizada num lugar mítico e de forta carga simbólica, que atravessa várias gerações, lidando com a história polaca a partir de 1914.


terça-feira, 8 de outubro de 2019

AFONSO REIS CABRAL VENCE PRÉMIO JOSÉ SARAMAGO 2019


Prémio Literário José Saramago de 2019, distingue este ano o escritor Afonso Reis Cabral, premiando a obra "Pão de Açúcar". A escolha foi da responsabilidade de um júri, do qual fizeram parte a diretora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes. Ana Paula Tavares, António Mega Ferreira, Nelida Piñon e Pilar del Río.

Sobre a obra, excertos dos comentários dos jurados:

"Partindo de um caso de escândalo transformado em caso de polícia, o assassínio do travesti Gisberta, em 2006, num edifício abandonado do Porto, Afonso Reis Cabral constrói uma narrativa tensa, sob cuja linha narrativa crepita a violência dos excluídos e a raiva dos deserdados." (António Mega Ferreira)

"Narrado na primeira pessoa, Pão de Açúcar lida com o espesso e confuso mundo da memória e retira do esquecimento acontecimentos que os jornais e os relatórios da polícia tinham tratado de forma redutora e parcial com silêncios e omissões que o autor se propõe aqui revelar." (Ana Paula Tavares)

"Reis Cabral adota o ponto de vista dos miúdos administrando a construção de um sentimento grupal de medo e ódio (as fronteiras entre um e outro são
ténues) que descarrega no seu elo mais fraco a raiva de uma frustração longamente contida." (Manuel Frias Martins)

O prémio, que tem um valor pecuniário de 25 mil euros, homenageia José Saramago. Criado em 1999 pela Fundação Círculo de Leitores, é um dos mais importantes prémios literários atribuídos no âmbito da lusofonia. Distinguiu em anos anteriores: Paulo José Miranda, José Luís Peixoto, Adriana Lisboa, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo, Andréa del Fuego, Ondjaki, Bruno Vieira Amaral e Julián Fuks.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

CineEco SEIA 2019

Dedicado à temática ambiental, o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, realiza-se, anualmente, em Seia, no mês de Outubro e de forma ininterrupta, desde 1995, numa iniciativa do Município de Seia.

O festival decorre na Casa Municipal da Cultura de Seia e no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela e nele concorrem, habitualmente, mais de 600 documentários, oriundos de mais de 30 países.
Paralelamente à exibição cinematográfica, decorre também um conjunto de outras atividades, designadamente conferências, concertos, workshops, exposições, para além da secção competitiva e vários ciclos de cinema.

O CineEco realiza-se entre os dias 12 e 19 de outubro.

Na Competição de Longas Língua Portuguesa figuram:
- "Hálito Azul", Rodrigo Areias (Portugal, Finlândia, França, 2018);
- "Amazónia, o Despertar da Florestania", Christiane Torloni e Miguel Przewodowski (Brasil, 2018);
- "Understory", Margarida Cardoso (Portugal, 2019); e
- "Alva", Ico Costa (Portugal, 2019).

MICAR - MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA ANTI-RACISTA 2019


Entre os dias 3 e 6 de outubro decorreu a 6.ª edição do festival MICAR – Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista. O evento foi promovido pela associação SOS Racismo, com apoio da Câmara Municipal do Porto e o Teatro Municipal Rivoli, a que se juntaram ainda outros parceiros, nomeadamente o Goethe Institut, além da participação juvenil do Projeto “Catapulta”.

O evento exibe obras cinematográficas que focam a temática do racismo, da imigração e das minorias étnicas, Cada sessão é enriquecida com um debate sobre o tema abordado, no qual intervêm alguns convidados especiais.

Programa 2019

Quinta-feira 03 de outubro

Sessão de Abertura | 21:30 – O Canto do Ossobó | Silas Tiny | 1h39′ | 2017 | M/12


Inclui apresentação da exposição “Caminhos do colonialismo português” comissariada por Hugo Pereira e Bruno Navarro (investigadores CIUHCT) e debate no final com a presença de Bruno Sena Martins, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/UC)



Sexta, 04 de outubro

MICARzinho | 10:30

A Lupa | Nazgol Emami | 10′ | 2018 | M/6

Sara & Morris | Diana Menestrey e Camilo Colmenares | 4′ | 2018 | M/6

Looks Susann hoffmann | 4′ | 2015 | M/6

Fábula da Vó Ita | Joyce Prado e Thalita Oshiro Meireles | 5′ | 2016 | M/6


Inclui atividades pedagógicas

MICARzinho | 11:30

Gigante | Johanna Bentz | 15′ | 2018 | M/6

Dorothy la vagabonde | Emmanuelle Gorgiard | 9′ | 2018 | M/6

Une Girafe Sous La Pluie | Pascale Hecquet | 12′ | 2007 | M/6

O fim do recreio | Nélio Spréa e Vinicius Mazzon | 18′ | 2012 | M/6

17:30 – O bairro da Formiga | Rui Pilão | 3′ | 2019 M/6

Entre os Montes | Filipe Reis e Filipe Ferraz | 45′ | 2019 | M/6


Inclui debate no final

21:30 – Black Panthers | Agnes Varda | 31′ | 1968 | M/12


Debate no final com a presença de Kitty Furtado, investigadora e ativista, e Francisco Noronha, crítico de cinema



Sábado, 05 de outubro

15:00 – The Way Out | Petr Václav | 1h43′ | 2014


Em parceria com o BEAST Film Festival

17:30 – Lifeboat | Skye Fitzgerald | 34′ | 2018 | M/16

Hungary 2018 | Eszter Hajdú | 1h25′ | 2018 | M/12


Debate no final com a presença da realizadora Eszter Hajdù e elemento da HUBB – Humans Before Borders

21:30 – Black Out | vários | 38′ | 2016 | M/12

Além do Espelho | Ana Flauzina | 52′ | 2014 | M/12


Debate no final com a presença de Simone Amorim



Domingo, 06 de outubro

15:00 – Handsworth songs | John Akomfrah | 1h03′ | 1986 | M/12


Inclui debate no final com José Semedo Fernandes, advogado.

17:30 – A people uncounted | Aaron Yeger | 1h39′ | 2011 | M/12
Fonte: MICAR.

sábado, 5 de outubro de 2019

FESTIVAL LITERÁRIO DA GARDUNHA

O Festival Literário da Gardunha, realiza-se nos dias 26 e 27 de outubro, fruto do trabalho de município do Fundão e A23 Edições.

Este ano tem como subtema as migrações, uma situação bem presente no concelho, dado que nos últimos anos, o Fundão terá visto aí fixarem a sua residência cerca de 500 estrangeiros. Maioritariamente são provenientes do Reino Unido, cerca de 300, a que se juntam outros oriundos, sobretudo de Brasil, França e Espanha. A estes residentes, juntam-se os 26 refugiados que o gabinete para a inclusão está a integrar, os 25 trabalhadores do centro de trabalho temporário que vêm do Nepal, a residência de estudantes, de S. Tomé e Príncipe, que estudam na escola profissional e as 32 nacionalidades que a empresa Altran acolhe no centro de negócios.

O tema será um desafio para os convidados: escritores, ensaístas e jornalistas.
Da lista dos convidados figuram: Alexandra Prado Coelho, Bernardo Pires de Lima, Bruno Vieira Amaral, Fernando Pinto do Amaral, Filipa Martins, Francisco José Viegas, Inocência Mata, João Morgado, José Milhazes, Liliana Ferreira, Luís Filipe Castro Mendes, Maria João Ruela, Onésimo Teotónio de Almeida, Possidónio Cachapa, Raquel Ochoa e Raquel Varela.
Durante o evento será homenageado o escritor covilhanense, Manuel da Silva Ramos, assinalando os 50 anos da sua vida literária.
Fonte: Paula Brito, "Festival Literário chega em Outubro à Gardunha", Rádio Cova da Beira, 4/10/2019.

LUÍSA COSTA GOMES VENCE PRÉMIO LITERÁRIO



Luísa Costa Gomes, com o romance "Florinhas de Soror Nada" (D. Quixote 2018), venceu o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues 2019. Trata-se de um prémio instituído pela FENPROF, apoiado pela SABSEG, e que, em 2017, tinha sido ganho por Isabela Figueiredo, com o romance "A Gorda", em 2015, por Lídia Jorge, com "Os Memoráveis", e, em 2013, por Ana Cristina Silva, com "O Rei do Monte Brasil".

O júri, constituído por Paulo Sucena (FENPROF), José Manuel Mendes e Paula Mendes Coelho, deliberou distinguir esta obra de Luísa Costa Gomes, «relevando o extremo rigor da sua construção e da linguagem, cujo poder de inventiva e contágio, a par de personagens intensas e do entrecho, desmontam os lugares comuns concernentes às relações entre a fé e o conhecimento, ao feminismo estereotipado e à vacuidade manipuladora do chamado politicamente correcto».
Fonte: FENPROF, 5/10/2019.

SOFIA CRAVEIRO VENCE CONCURSO

 A jornalista do jornal O INTERIOR, Sofia Craveiro, foi uma das vencedoras do Concurso Informal de Escrita, organizado pela editora Alma Azul.
A competição literária resultou de uma parceria entre aquela editora e a Junta de Freguesia de Castelo Branco, juntamente com o município local. Os prémios contemplaram 20 autores. 
Estiveram a concurso textos de poesia, crónica ou micro conto, categoria a que concorreu o texto premiado de Sofia Craveiro, intitulado “Alegoria do Tempo Presente”.
Fonte: O Interior, 4/10/2019.

NOVO LIVRO DE JOÃO MORGADO

Na biblioteca municipal da Covilhã, João Morgado apresenta, dia 5/10/2019,  o seu romance histórico “Fernão Magalhães e a Ave-do-Paraíso” (Esfera dos Livros). A sessão decorrerá às 17 horas, 
João Morgado é natural da Aldeia do Carvalho, onde nasceu em 1965. Na sua produção literária, o romance histórico ocupa um lugar particularmente significativo.
O autor tem arrecadado um importante número de distinções, nomeadamente a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultura, da República Federativa do Brasil, pelo seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral. Foi também galardoado, entre outros, com o Prémio Literário Vergílio Ferreira, Prémio Literário Alçada Batista, Prémio Nacional de Literatura Lions e o Prémio Literário Fundação Dr. Luís Rainha, Correntes d´Escritas de 2015. 
Obras publicadas:
“Trilogia dos Navegantes”, que inclui os romances históricos “Vera Cruz” (Pedro Álvares Cabral) e “Índias” (Vasco da Gama), e "Fernão de Magalhães e a Ave-do-Paraíso";  "Diário dos Infiéis"; "Diário dos Imperfeitos"; "O Livro do Império";  "Meio-Rico", contos, 2011; "Pássaro dos Segredos", conto ilustrado, 2014; "Para Ti", poesia, 2014, "Porto de Saudade", 2015, e "O Céu do Mar" em 2016.
Fontes: O Interior, 4/10/2019; João Morgado

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

PRÉMIO LITERÁRIO GUERRA JUNQUEIRO

O Prémio Literário Guerra Junqueiro, em 2020, terá um vencedor por cada um dos seguintes países lusófonos: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
Os premiados de 2020 serão Ana Luísa Amaral (Portugal), Jorge Carlos Fonseca (Cabo Verde), Lopito Feijó (Angola), Raul Calane da Silva (Moçambique) e Tony Tcheka (Guiné-Bissau).
Segundo Avelina Ferraz, curadora do prémio, a partir de 2021, pretende-se que o Prémio Literário Guerra Junqueiro se estenda aos restantes países lusófonos.
O Prémio Literário Guerra Junqueiro, existe desde 2017, resultante de uma parceria da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta com a Editorial Novembro.
Fontes: Público, 2/10/2019.

ENCONTROS CAMILIANOS DE 2019

Os 5.ºs Encontros Camilianos de São Miguel de Seide vão decorrer nos próximos dias 11, 12 e 19 de outubro, na Casa de Camilo, em Vila Nova de Famalicão.
No decurso destes Encontros será homenageado o camilianista João Bigotte Chorão.
Entre os participantes nestas jornadas camilianas figuram Pedro Mexia, Abel Barros Batista, Artur Anselmo e João Carlos Vitorino Pereira, bem como dos investigadores famalicenses Sérgio Guimarães de Sousa, João Paulo Braga e José Manuel de Oliveira, entre outros.
Fontes: Vila Nova, 22/9/2019.

GRUPO VOCAL CUPERTINOS

O grupo vocal Cupertinos foi distinguido pela revista britânica Gramophone na categoria de Música Antiga. Criado em 2009, no seio da Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão,  este coletivo é dirigido por Luís Toscano e pelo musicólogo José Abreu. 
Os Cupertinos são um grupo vocacionado para a recuperação, estudo e divulgação do património musical português dos séculos XVI e XVII. Inicialmente, adotaram a denominação Cappella Musical Cupertino de Miranda.