Sobre o escritor português, recentemente falecido, Óscar Lopes e António José Saraiva, na sua História da Literatura Portuguesa (10.ª ed., 1978), escreveram que "actualiza certas linhas de continuidade clássica, bem sensíveis no predomínio do decassílabo e numa sua meditação contida e consciente, trazendo-as até uma sabedoria colhida no amor e na experiência dos limites humanos e da resistência à opressão capitalista (Os Poemas Possíveis, 1966; Provavelmente Alegria, 1970), com o gosto da parábola que se reencontra nos seus volumes de crónica ou de uma original ficção, que se situa entre a percepção do real como pesadelo e o romance no seu fazer-se: Deste Mundo e do Outro, 1971, O Ano de 1993, 1975, Manual de Pintura e Caligrafia, 1977, Objecto Quase, 1978."
Entre estas palavras e o presente, muita coisa aconteceu. Saramago escreveu muito mais e a qualidade da sua obra teve as suas homenagens.
Quanto ao futuro é quase certo que a sua obra permanecerá num lugar de inquietude latente!
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